O Centro Cultural Brasil Alemanha (CCBA) realiza nesta quinta (09 de Março), a partir das 19h, apresentações e debates abordando conexões culturais entre Recife (Pernambuco) e Maputo (Moçambique). 

Na ocasião, estarão presentes: Carmen Muianga, artista visual moçambicana que desembarcou em Recife na última sexta-feira (03) para realizar uma residência artística através do CCBA; e também Moacir dos Anjos, curador e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ).

A ideia do encontro é,  trazer ao público a experiência de Carmen Muianga como mulher artista em Moçambique (país localizado no sudeste do continente Africano). Carmen irá apresentar um pouco sobre o panorama cultural e a produção artística em Moçambique destacando o papel de mulheres artistas e sobre o seu processo criativo com a técnica da colagrafia. Já Moacir, irá apontar perspectivas para a cultura e a arte no atual cenário brasileiro, assim como irá apresentar exemplos de alguns jovens artistas negros brasileiros que estão ganhando espaço e destaque ao promover reflexões críticas sobre os violentos processos que articularam, ao longo da história, África, Brasil e Europa.

O encontro, aberto ao público interessado, será finalizado com uma confraternização.

Serviço:

  • Kulturforum CCBA – Interações culturais entre Recife (Pernambuco) e Maputo (Moçambique)
  • Data e Hora: Dia 09 de março, a partir das 19h
  • Local: Centro Cultural Brasil – Alemanha (CCBA), Rua do Sossego, 364, Boa Vista, Recife.
  • Aberto ao público

Confira a mini bio dos debatedores:

Carmen Muianga

Maputo, em 1974, viu nascer sentimento que se exprime em arte. Carmen, de poucas palavras e sorriso contagiante, tem na natureza a sua fonte de inspiração. Artista plástica premiada, com obras em pintura, gravura, desenho e colagrafia, formou-se em Maputo na Escola de Artes Visuais, concluindo a sua formação artística em Havana, Cuba, na conceituada Escola Nacional de Artes Plásticas. Considerada a principal impulsionadora na divulgação de colagrafia em Moçambique, presente em diversas colecções privadas nacionais e internacionais ou em acervos como do Museu Nacional de Arte, expôs em Moçambique, Japão, Namíbia, Itália, Finlândia, Holanda, China ou Portugal, tendo neste último representado o seu país na Expo 98. Para além da intensa carreira artística, partilha ainda o conhecimento de forma aberta, tendo leccionado na Namíbia e Moçambique em diversas instituições. O facto de ser co-fundadora do MUVART– Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique e, hoje, leccionar onde tudo começou, na Escola de Artes Visuais, comprova a sua inegável vontade e impulso em divulgar e promover a arte no país e no Mundo.

Moacir dos Anjos

Moacir dos Anjos é pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco. Foi curador da 29ª Bienal de São Paulo (2010) e das mostras Cães sem Plumas (2014), A Queda do Céu (2015), Emergência (2017), Quem não luta tá morto. Arte democracia utopia (2018), Educação pela pedra (2019) e Necrobrasiliana (2022). É autor dos livros Local/Global. Arte em Trânsito (2005), ArteBra Crítica (2010) e Contraditório. Arte, Globalização e Pertencimento (2017).