Em Marcgrave convergiram influências das mais diversas
“Na noite de 20 de setembro de 1640, os amigos não permitiram que Jorge Marcgrave subisse ao observatório. Ele não se incomodou porque o céu estava fechado. Ele fazia 30 anos naquela data do calendário juliano seguido pelos holandeses.
Em 2010, no dia 20 de setembro, foi celebrado o 4º centenário do seu nascimento.
Em Marcgrave convergiram influências das mais diversas esferas que, mercê de fatores insondáveis, presentearam Recife, capital do Brasil Holandês, com um museu de história natural, um jardim botânico e um observatório astronômico.
Bem, tudo isso já é sabido. Mas não que esse observatório astronômico foi o mais bem equipado do mundo …¨
Quem afirma isto não é um pernambucano, mas sim um paulista, Doutor em Astrofísica e ex-integrante do Departamento de Astronomia do IAG/USP e pesquisador e colaborador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), professor Oscar T. Matsuura. O pesquisador já ganhou destaque na Revista Pesquisa da FAPESP com o recente lançamento do livro “O OBSERVATÓRIO NO TELHADO”, da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE).
Matsuura foi convidado em 1998 pelo Centro Cultural Brasil Alemanha (CCBA) para participar do Simpósio “Georg Marcgrave – Pioneiro das Ciências Naturais no Brasil”. Empolgado com a figura do naturalista alemão, ele realizou pesquisas em arquivos holandeses, franceses e alemães. Matsuura descobriu que o observatório astronômico do Recife, erguido por Marcgrave, foi o primeiro do hemisfério sul. Outro grande momento da época foi a introdução da luneta, por Marcgrave, como ferramenta de observação.
Matsuura presenteia os pernambucanos com uma das mais interessantes e relevantes histórias da ciência no Brasil,”O Observatório no Telhado”. O livro faz parte do acervo da “Biblioteca Georg Marcgrave” no Centro Cultural Brasil Alemanha. A biblioteca é aberta ao publico.